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Parabéns Manicoré pelo seus 123 anos de Cidade

por Gabriel Caetano publicado 14/08/2019 19h05, última modificação 14/08/2019 19h26
Parabéns Manicoré pelo seus 123 anos de Cidade

Parabéns Manicoré

Amanhã 15 de Agosto, o Município celebra o aniversário de 123 anos de inauguração da elevação de vila de Nossa Senhora das Dores à categoria de Cidade chamada ‘Manicoré’, que “provém de dois vocábulos Tupis” – MANI e CORÉ, o primeiro sendo uma entidade divina adorada pelos índios que, segundo a lenda corrente, foi uma linda indígena venerada e adorada pelos seus parentes da raça dos Anicoré, que depois de morta passou a se constituir em santa invocada nas aflições e promotora das alegrias; O segundo CORÉ da mesma origem significa filho ou filha, que reunidos formam a palavra MANICORÉ, cujo significado é: FILHO DE DEUSA.

Aniversário da Cidade

A comemoração do aniversário é uma importante lembrança na valorização do legado dos antepassados que construíram um município à base de suor e muita perseverança, e a Câmara de Manicoré valoriza todos os habitantes deste município que ajudaram a contribuir para uma cidade melhor para todos.

Conheça um pouco mais da História do Nosso Município

As informações trazidas neste texto foram extraídas de uma entrevista com o senhor Arindal em 2010 pelo jornalista Gabriel Caetano, e disponível, em uma de suas obras literária chamada “Histórias do Nosso Chão”. A denominação de “Manicoré” é dada à população e à freguesia e provém do Rio Manicoré. O nome do rio procede de “Anicoré”, tribo indígena que habitava a região e que em 1637 recebeu na região a expedição de Pedro Teixeira.

As primeiras explorações ao Rio Madeira deram-se em 1616, porém, a mais importante aconteceu em 1722, pelo Sargento Mor Paraense, Francisco Melo Palheta, que por ordem do Governo da província do Maranhão João de Maya Gama, partiu do maranhão em 11 de novembro 1722 com uma frota de embarcações, “Galera Grande” e embarcações movidas à vela, remo faia, três Galiotas (batelão) e uma canoa grande com um armazém de mantimentos para a viagem.

Passou pela província do Pará, subiu o Rio Madeira com muito sacrifício, percorrendo florestas e rios, vencendo correntezas baixas (praias), violentos temporais, ataque dos índios, doenças e mortes de alguns expedicionários, constando o feito uma verdadeira odisséia de audácias e desafio eivados de fatos históricos e trágicos.

Em 1859 desembarcaram do Grão-Pará e Maranhão os rebeldes. Entre eles encontrava-se Antônio Pedro de Aguirre, porém, este não chegou ao seu destino. Não se sabe os motivos certos que ele e sua mãe, Antônia Aguirre, que acompanhava seu filho, foram deixados na foz do Rio Anicores, onde logo se juntaram aos nativos da região e formaram um Arraial.

O Arraial prosperava a cada dia e com a chegada ao local do Tenente Coronel Manoel Pereira de Sá, herói da guerra do Paraguai, que se juntou aos Caboclos do arraial de Aguirre. Vendo que o local não era propício para a fundação de uma cidade, um certo dia o coronel reuniu a população e explicou que aquele local estava sujeito às grandes enchentes e que todos moradores deviam se mudar para a outra margem Rio. Segundo o Coronel Manoel de Sá, do outro lado existia terra firme e grandes planícies, sendo aceito pela população.

Diante dessa mudança o Tenente Coronel Manoel Pereira de Sá fez uma exposição de nativos ao presidente da província do Amazonas, solicitando a criação do município de Manicoré. A solicitação foi concedida e pela lei provincial de Nº 362 de 4 de Julho de 1877, foi criado o município de Manicoré e o arraial foi elevado à categoria de vila com a denominação de “Vila de Nossa Senhora das Dores de Manicoré”, porém, a criação do município e da vila só foi inaugurada no dia 15 de maio de 1878.

Assim pela lei estadual Nº 137 de 4 de Maio de 1896 assinada pelo governador do estado do Amazonas, Dr. Eduardo Ribeiro, elevou a vila de Nossa Senhora das Dores à categoria de Cidade, sendo inaugurada somente no dia 15 de Agosto de 1896.

Desse momento em diante a cidade foi se desenvolvendo, principalmente, por receber um fluxo muito grande de imigrantes, especialmente, comerciantes estrangeiros como turcos, libaneses, portugueses, judeus e nordestinos. Por ocasião do ciclo da borracha, Manicoré tornou-se o “Tronco” de exportação de produtos naturais para a Europa.

Com a desvalorização da borracha, inúmeros comerciantes de Manicoré migraram para outras regiões do país, porém, a cidade já tinha seu suporte econômico garantido na agricultura e em alguns produtos naturais, tendo sua ascensão e suas quedas, sendo hoje uma das principais cidades da calha do Rio Madeira e uma das mais importantes em muitos aspectos.

Hoje a cultura do município é bastante conhecida na região e no estado do Amazonas e recebem destaques a Festa da melancia, os forrós de rua, o festival das quadrilhas e a festa do açaí que transformam as vias de cidade em verdadeiras danceterias com coloridos especiais, sendo essas realizadas alternadamente na cidade e no interior atraindo milhares de pessoas ao município.

A principal fonte de renda da população de Manicoré provém em parte da produção agrícola, principalmente, do cultivo da banana, melancia e da produção de farinha. O comércio e os empregos gerados pela Prefeitura/Estados podem ser considerados outras fontes de renda dos manicoreenses, além do grande potencial extrativista baseado na borracha e na castanha.

Sua população estimada em 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era de 54 907 habitantes. Localiza-se a 333 km da capital do estado à margem direita do rio Madeira, sua população está dividida entre a zona rural a e cidade.

 

Assessoria de Comunicação

gabrieljornalistaam@hotmail.com

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